25 de novembro de 2008
A propósito da vinda ao mundo do meu novo netinho Tomás:
Kalil Gibran em sussurros de consolo:
"Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Eles vêm através de vós, mas não de vós. E embora vivam convosco, não vos pertencem. (...) Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas."
Quando o avião decolou, minha filha foi buscar a sua vida e seus sonhos. E eu precisava conviver com a coerência do que transmitira aos filhos:
O lar não é o lugar de se ficar, mas para onde voltar. Que os filhos sejam preparados para irem-se, com a certeza de ter para onde voltar quando o cansaço, a derrota ou o desânimo inevitáveis lhes machucarem a alma! O salgado das lágrimas se transformou em doçura de conforto. Como pai, não dando o mundo aos filhos, me senti arqueiro e arco, arremessando a flecha viva em direção ao mistério.
Agora a minha filha querida me dá o meu netinho! Mesmo sendo avós, temos, sim e ainda, filhos a criar, pois família é uma tribo em construção permanente...
Pais envelhecem, filhos crescem, dão-nos netos e isso é a construção, o centro do mundo onde a obra da criação se renova sem nunca completar-se.
De guerreiros que foram, pais se tornam pajés. E mães, curandeiras de alma e de corpo. É quando a tribo se fortalece com conselheiros, sábios que conhecem os mistérios da grande arquitetura familiar...
Obrigado minha Pretinha por compartilhar conosco o milagre da vida!!
Papai.
Quem sou
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário